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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

NO PANTANAL - Pocone, Observar onça é novo hit do Pantanal




Patrícia Sanches Enviada Especial a Pocon
Fonte: RDENWS 

Muitos turistas que visitam Pantanal partem para aventura de observar onças

Turista que pisa os pés no Pantanal Mato-Grossense busca aventura e, justamente por isso, o novo “hit” do momento é a observação de onças, que é feita, em geral, durante a seca (abril a setembro). Conforme o diretor da Pousada Piuval Eduardo Mattos Eubank de Campos, o passeio proporciona sensação de adrenalina e hoje é uma das “sensações” dos visitantes.

O passeio é vendido por agências e, em geral, feito no Porto Jofre – final da Estrada Parque da Transpantaneira. ORDNews levantou que, em média, o passeio custa R$ 1,6 mil por pessoa, mas fica mais barato, em grupo. Para 2 pessoas, por exemplo, sai a R$ 800 e para 3 R$ 750.

Conforme Eduardo, os passeios de barco, cavalo, caminhada em trilhas, safáris noturno e na transpantaneira também são bastante procurados. Em relação ao número de visitantes, ele pondera que não se sabe ao certo quantos passam pela região anualmente, por isso, defende que seja feito uma espécie de censo. “Não sabemos quantas pessoas entram e quantas podem entrar”.

Rodinei Crescêncio

Ao menos 60 mil turistas visitam a região de Poconé para conhecer a rica fauna e flora do Pantanal e, depois, costumeiramente, vão para Chapada dos Guimarães 

Diretor da Pousada Piuval Eduardo Mattos Eubank 

Associação de Pousadas, Hoteis e Restaurantes, por sua vez, estima que sejam 60 mil turistas (sendo 30 mil se hospedam no Sesc Pantanal). Conforme Eduardo, cerca de 35% são brasileiros e 65% estrangeiros, em geral, da Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Suíça e Espanha. “Antigamente era 20% do Brasil e 80% do exterior”, pontua. Ele explica que os turistas querem ver os animais pantaneiros e fazer passeio de barco, sendo que estrangeiros sabem mais sobre a fauna e flora do pantanal do que os próprios brasileiros. “Eles vêm na seca porque é verão na Europa e Estados Unidos e também porque é possível ver mais animais”.

Tibério Polcan, que veio de São Paulo, estava hospedado na Pousada Piuval. Ele pontua que pesquisou tudo pela a internet e traçou o próprio destino. Revela que só passou pela cidade de Poconé, mas que foi bem recebido e que as pessoas foram bastante solícitas, lhe passando informações sobre como chegar à Transpantaneira. Tibério diz ainda que veio atrás de aventura no Pantanal e se mostra satisfeito com o que encontrou. "Vimos capivaras, jacarés, Tuiuiu e Sagui. Andamos de barco e é tudo muito lindo mesmo. Uma paisagem bem diferente de São Paulo", comenta. Ele conta ainda que, após conhecer o Pantanal, segue para Chapada dos Guimarães.

Conforme o diretor de Turismo de Poconé, Vanderlei Pimenta, hoje existem 20 pousadas ao longo da Transpantaneira e 9 barcos-hotéis. A média de preços nas pousadas é de R$ 350 por dia e dos barcos hotéis, na baixa temporada, R$ 400. 

Cultura

Em Poconé é possível conhecer também um pouco a cultura da cidade, com 233 anos. Entre as atrações está a Cavalhada. A festa acontece em junho junto com a de São Benedito e representa os exércitos Cristão e Mouro. Eles competem o dia inteiro, com cavaleiros e cavalos ricamente ornamentados sempre ao som de tambores. A encenação é iniciada com o exército Cristão atacando um castelo, que é incendiado em seguida, logo após o resgate de uma princesa que havia sido raptada pelo exército Mouro. Trata-se de uma referência a guerra de Tróia, a partir do momento em que Menelau recupera Helena, sua esposa e rainha de Esparta, que estava em poder de Páris, filho de Príamo, rei de Tróia. Ela foi adaptada pelos portugueses para os exercícios de guerras e criou raiz em Poconé a partir de 1769.

Rodinei Crescêncio
Bandeiras estendidas na Casa da Cultura fazem referência às festas de Santo

Outra opção é a dança dos mascarados, que mescla a contradança européia, danças indígenas e ritmos negros. Ela é dançada apenas por homens, justamente por isso são mascarados, para que não possam ser reconhecidos, afinal, alguns vestem roupas femininas. Antigamente a dança era comum apenas nos festejos religiosos, mas, agora, o grupo de 24 pessoas (10 damas, 10 galãs e 4 balizas), com a banda local, se apresentam em várias cidades brasileiras. “Vamos participar da abertura da Arena Pantanal, revela o coordenador do grupo João Benedito. Segundo ele, o projeto é mantido pela prefeitura e governo estadual, além de algumas apresentações em que cobram cachê. A dança vem sendo passada por várias gerações há 150 anos. “Tem que ter muita resistência, cada apresentação dura cerca de 2 horas e 30mintos".

Entre os pontos turísticos dentro da cidade estão às igrejas Nossa Senhora do Rosário – que originou o apelido de Cidade Rosa a Poconé; e Menino de Jesus. De janeiro a dezembro tem festa dos santos. As principais são a de São Benedito e do Divino Espírito Santo.

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