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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Turismo Rural na Agricultura Familiar em Mato Grosso, Potencialidades e Realidades


Foto de Cavalgada no Assentamento 14 de Agosto em Campo Verde, Projeto Trilha do Alimento 

Pelas suas características naturais, o Estado de Mato Grosso apresenta excelentes condições para o Desenvolvimento do Turismo Rural na Agricultura Familiar: diversidade de ecossistema, de bacias hidrográficas e de paisagens, a maior planice alagável do mundo (Pantanal), Amazônia Legal com mata nativa, a pujancia do agronegócio, grande número de assentamentos de agricultores familiar, comunidades tradicionais, ribeirinhos, etinias quilombolas, etnias indígenas, várias praias fluviais disponíveis ao lazer.

O turismo interno ou doméstico e o turismo externo (nacional e ou internacional), foi potencializado pelo advento da realização da Copa do Mundo 2014 que deixou o legado da visibilidade do estado que sofria as suas oscilações, no tocante ao fluxo de turístas.

Não se pode descatar a crise e o comportamento geral da economia com o desequilíbrio cambial, a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar encarece o custo das viagens internacionais, fator este que tem propiciado e favorecendo a busca por destinos nacionais. 

Devemos considerar que o Turismo Rural na Agricultura Familiar é um produto de aspecto regional, que faz com que aconteça o fluxo interno e movimente a economia local, sempre num raio de 200 km podendo chegar até 300 km do destino ou do produto turístico.

Mato Grosso ainda se debate com questões básicas de infra-estrutura, como a falta de sinalização e a péssima conservação das estradas, violência urbana e problemas de limpeza. As grandes como , como Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Sinop e outras, ainda espantam parte dos turistas regionais, nacionais e estrangeiros, que presam por boa infra-estrutura e serviços, principalmente pela sua segurança. Além disso, do ponto de vista do turismo internacional, o estado tem poucos profissionais que falam outros idiomas, embora este segmento do turismo é de aspecto regional e quando muito nacional 

Há possibilidades de exploração do Turismo Rural na Agricultura familiar ser interligado a outros Segmentos como: de eventos e de negócios, desportivo e de aventura, ou do ecológico ou ecoturismo. Para que este último possa gerar renda ao estado, as áreas e ecossistemas naturais precisam ser protegidos. Infelizmente as medidas políticas voltadas para essa atividade tais como: construção de novos aeroportos no interior, restauração e conservação do patrimônio histórico, construção de novas estradas ainda são insuficientes. 

O Desenvolvimento do Turismo Rural na Agricultura familiar deve ser analisada sob a ótica das oportunidades e da geração de empregos, renda e de uma nova possibilidade econômica, em que todos aqueles que forem motivados a explorar suas propriedades com todo o seu potencial, possam ser inseridos no processo. Outras questões que devem ser levadas em conta, dentre todas elas são os seus efeitos ambientais aliados aos sociais.

Do ponto de vista social, existem questões relativas à exploração do trabalho infantil, ao uso do trabalho temporário – muito comum em regiões onde o turismo depende da estação do ano, e ao turismo sexual, com exploração da prostituição, inclusive de crianças e adolescentes, isto se aplica a também a Mato Grosso.

O turismo interno, por outro lado, é restrito a uma pequena parcela da população. O Estado de Mato Grosso por exemplo com seus 903.366.192 km, com vazios demográficos na porção norte e áreas urbana, tem dimensões continentais, diversidades naturais e culturais e elevado potencial turístico, muitas vezes inacessível à maior parte dos matogrossenses, tanto no que diz respeito ao Turismo Rural na Agricultura familiar, Turismo Tradicional, quanto ao Ecoturismo.



Foto Balneário Ponta do Morro, Roteiro Piraputanga em Caceres.



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