Hoje resolvi escrever um pouco sobre grande Evolução que ocorreu no Turismo no Estrado de Mato Grosso, contrapondo ao retrocesso que querem submeter este Setor hoje tão importante para a economia do estado.
Com certeza será um desrespeito não considerar os avanços obtidos, através de processos participativos em que a sociedade civil organizada, (TRADE TURÍSTICO), almejou e conseguiu construir o cenário turístico atual do estado por meio de debates, oficinas, seminários, workshops, reuniões, congressos, simpósios, e fóruns e o mínimo que o governo que esta para suceder a atual administração deveria fazer era buscar um diálogo com os mesmos atores ouvi-los a exemplo do que a história tem nos mostrado ao longo dos anos, especificamente neste artigo descrito de 1938 a 2014, espero como cidadão e técnico (servidor estadual de carreira) que assim se proceda.
Neste artigo faço um retrospecto bem sucinto da Evolução do Turismo no Estado de Mato Grosso desde 1938 até 2014, e um texto por deveras grande mas necessário para mostrar para a opinião pública sobretudo que desconsiderar o processo de evolução e retroagir a cada passo aqui descrito e apresentado e voltar a um passado que muitos mato-grossenses conhecem.
Eu sou um cidadão mato-grossense com título outorgado pela Assembleia Legislativa, cheguei em Mato Grosso no ano de 1978, e posso falar com propriedade e de conhecimento sobre esta evolução, sou também um técnico da EMPAER, a disposição da SEDTUR desde o ano de 1999, e participei atualmente ainda participo diretamente do Desenvolvimento do Turismo.
Em se falando de mudanças de gestão seja ela nas esferas federal, estadual e ou municipal, sempre se tem propostas de mudanças, o que não se pode e ir na contra mão dos avanços alcançados as custas da participação da sociedade.
Mato Grosso iniciou as ações de incentivo e organização do turismo em 1938. Neste ano instituiu-se, por meio de Decreto Estadual, a 1º Medida Governamental para o Setor Turístico, criando-se a Reserva Termal de Águas Quentes, no atual município de Santo Antônio do Leverger, onde, na década de 40, construiu-se um pequeno empreendimento turístico.
Durante a década de 60, o advento de Brasília, a integração do Estado à economia do Centro-Sul, a expansão da fronteira econômica, o processo de acelerado do crescimento regional, os fluxos migratórios para a Amazônia Mato-grossense e a importância geopolítica e econômica de Cuiabá concorreram para a implantação de infra-estrutura hoteleira na capital, em nível privado e de forma autônima.
Em 1974 foi criado o Conselho Estadual de Turismo e a Empresa Mato-grossense de Turismo – TURIMAT, vinculada à Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, que entrou em funcionamento somente a partir de 1975.
Em 1976, o Conselho Nacional de Turismo declarou como área prioritária de interesse turístico parte dos municípios de Chapada dos Guimarães e Cuiabá. Em complementação ao decreto estadual da década de 60, foi instituído em 1978 o Parque Estadual de Águas Quentes, com 1.500 hectares, localizado na região da Serra de São Vicente. Em 1981, o Governo do Estado investiu recursos na ampliação e melhoria da infra-estrutura existente no local, construída na década de 40.
Na década de 70, além das ações já mencionadas, pôde se constatar, também, outras iniciativas que ajudaram a promover o desenvolvimento do turismo no Estado, através da participação do Conselho Nacional do Turismo e da EMBRATUR, principalmente, na elaboração de planos e programas setoriais envolvendo a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, a TURIMAT, e as prefeituras municipais, destacando-se, neste período, a elaboração do Plano Diretor do Turismo de Chapada dos Guimarães.
Em seguida, na primeira metade da década de 80, foi desenvolvida uma importante ação governamental como o objetivo de desenvolver o mercado turístico e divulgar o setor com maior abertura na mídia, em nível local para operadores turísticos no Brasil e no exterior. Para tanto, foi criada a campanha publicitária “Mato Grosso, um paraíso natural a sua espera”. Com investimentos turísticos, incrementando, já no inicio dos anos 90, a operacionalização e comercialização de produtos turísticos no Estado.
Na segunda metade da década de 80 e inicio da década de 90, registrou-se um refluxo das ações do Governo, inclusive com a grave deteriorização da infa-estrutura do acesso aos sítios turísticos, principalmente do Pantanal, situação que se intensificou com a inconstância da existência e funcionamento do órgão estadual do turismo: TURIMAT/FUNCETUR. Desta forma, coube ao setor privado (empresários e profissionais do turismo) dar prosseguimento aos trabalhos em condições bastante desfavoráveis, pois, apesar de terem mantido seus negócios, não tiveram expansão positiva, principalmente em decorrência do pequeno apoio institucional do Estado.
A partir de 93, o turismo em Mato Grosso ganhou uma nova dinâmica com a criação da AMPTUR – Associação dos Municípios com Potencial Turístico.
No ano de 1994, ocorreu a criação do Fórum Empresarial do Turismo, quando foi elaborado um plano de ações integradas entre o governo estadual, prefeituras municipais e iniciativa privada, para recuperação fortalecimento e promoção do turismo mato-grossense nos mercados nacional e internacional. Foi nesse período que se idealizou a Festa Internacional do Pantanal.
Em 1995, instaurou-se o grande marco para o desenvolvimento do turismo em Mato Grosso, com a criação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo – SEDTUR, por meio da Lei Complementar nº 036, de 11 de outubro de 1995.
A partir do ano de 1993, a SEDTUR, desenvolveu no Estado de Mato Grosso, o Programa de Regionalização do Turismo, acompanhando as Políticas Públicas do Governo Federal, através do então Ministério da Indústria e do Turismo e EMBRATUR.
No ano de 1999, a SEDTUR na Gestão do Secretario In' Memória Sr. Ezequiel José Roberto, lança uma Campanha de Promoção de Markting do Estado inovadora, com Fitas de Vídeos, Folders, Revistas, Folderes, Site, e posteriormente CD Card., com o nome: Mato Grosso, Quatro Estações, Quatro Regiões e Mil Emoções, os Ecossistemas nesta Campanha, ganham status de Regiões, somando -se ao Araguaia, fica assim dividido o estado, Polo Pantanal, Cerrado, Amazônia e Araguaia, esta campanha emplacou de tal forma que até hoje e usada no Governo.
A geração de Secretários, seguem com a participação do Francisco Lacerda e Jeferson Missias, na gestão do então Governador Dante Martins de Oliveira.
No ano de 2003, numa nova gestão o Governo Federal entendendo e priorizando o Turismo no Brasil cria o Ministério do Turismo para desenvolver as Políticas Publicase o Fortalecimento Institucional nos Estados e Municípios, e mantém a EMBRATUR, no papel de promoção internacional dos Destinos e Produtos Turísticos Formatados.
Neste ínterim Mato Grosso, experimenta uma mudança em sua administração, vindo assim a Gestão do Governador Blairo Magi que recebe a SEDTUR e entende que esta Secretaria tem um papel fundamental no Desenvolvimento Econômico do Estado.
Na Gestão Magi, vários Secretários passaram pela SEDTUR, iniciando com o Sr. Ricardo Henrri, Yeda Marly, Pedro Nadaf, Yuri Bastos e Vanisse Marques, o Governo Federal Cria o Programa de Regionalização do Turismo, no ano de 2003, entendendo que o PNMT já havia cumprido com o seu papel, e Mato Grosso, acompanhou esta Política de Regionalização, que foi um Programa de se criar Roteiros Turísticos Integrando as Regiões, neste período, o estado manteve a estratégia dos 04 Pólos, e criou 15 Micro Regiões Turísticas, a SEDTUR teve a sua estrutura melhorada, com a criação de novos cargos, para acompanhar a evolução do turismo no Brasil e no Estado.
No ano de 2011, num nova gestão o Governo Federal, resolve manter a estrutura do Mtur, e EMBRATUR e o Programa de Regionalização do Turismo, no estado de Mato Grosso, também numa nova gestão com o então Governador Silval Barbosa, a SEDTUR, passa a ter em seu comando os Secretários, Deputada Estadual Tete Bezerra e posteriormenteJairo Pradela, a Secretaria, avança na modernização com a criação de novos cargos, ampliando a sua estratégia de gestão, agora com uma Superintendência de Fomento, uma de Eventos e outra Administrativa, foi o período em que Mato Grosso pode participar do maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo, e no estado denominada Copa do Pantanal, este advento projetou Cuiabá e o estado em todo mundo, com foco nos Destinos e Produtos Turísticos.
O setor do Turismo diretamente, com os seus equipamentos e serviços, hotéis, casas de shows, bares e restaurantes, transportes, operadoras, agências, guias foram altamente beneficiados com a Copa do Pantanal, além de outros setores secundários, pois segundo a Organização do Turismo -OMT, o Setor do Turismo impacta 52 outros setores da Economia.
O Estado de Mato Grosso, principalmente Cuiabá, tem um TRADE Turístico muito grande e atuante, são pessoas que estão organizadas em sua entidades de classe, Associações, Cooperativas, Sindicatos, Institutos, Fundações, além das Faculdades de Turismo e economia informal que embora as vezes não mensurada mas existe neste mundo do turismo.
Quando o Estado de Mato Grosso apresenta um resultado de evolução de 377% do seu PIB, nos últimos 11 anos, não se pode excluir o turismo desta informação, a fórmula para se medir isto e simples, basta a gente fazer uma leitura mais minuciosa deste texto, contextualizando e relembrando o que era Mato Grosso ano de 1938, março inicial deste artigo, mas fazendo uma leitura na visão do turismo, e veremos o quanto avançamos, saindo de uma linguagem de que fazer era apenas lazer e diversão, e passa a ter um conceito econômico.
vimos no passar dos tempos o Turismo sair dos cadernos e colunas sociais e ira para os cadernos de informações econômicas.
Posso afirmar que do ano de 1938, até o ano de 2014, o Brasil e em particular Mato Grosso experimentou uma grande evolução no Turismo em todos os aspectos, nos setores governamentais e iniciativa privada, com desenvolvimento de capital social e de capita humano.
O Turismo de Mato Grosso precisa avançar, e somente poderá ter um desenvolvimento com crescimento se houver um Governo que trabalhe plenamente usando os fatores racionalmente, e isto não acontece retroagindo, voltando ao passado ou indo a contra mãos do que esta acontecendo nos países desenvolvidos e em outros estados que se apresentam como nossos concorrentes,
Espero não ter cansado o leitor com esta leitura e que também o artigo não tenha sido um equívoco deste escritor, blogueiro, Matogrossense de coração, Cuiabano também de coração, não de chapa mas de cruz e amante de tudo aquilo que fez e faz, e que tem também uma missão neste estado sobretudo como servo do Deus Altíssimo como Pastor Evangélico do Ministério Voz da Verdade -CN.
Fonte: Livro de minha autoria "Turismo Rural no Meio Estado de Mato Grosso"
Economista Geraldo Donizeti Lucio
Especialista em Turismo Rural
Agente Técnico da EMPAER
A disposição da SEDTUR
blogueiro deste e do -www.roteirosturistivosdematogrosso.blogspot.com.br
Autor do Livro Turismo no Meio Rural de Mato Grosso
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