quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

TURISMO DE CONTEMPLAÇÃO EM MATO GROSSO

Uma das vertentes do turismo que mais cresce no mundo, é o turismo de contemplação, e o estado de Mato Grosso, está entre os estados do Brasil, mais procurado para a realização dessa categoria que muita vezes, consiste em observar os animais no seu habitat natural. No Estado, se destaca principalmente dois lugares para realizar a Observação de animais, a Rodovia Transpantaneira (Poconé) e o Parque Estadual Cristalino (Alta Floresta), são os lugares mais procurados pelos turistas para realizar o ‘’birdwathing’’ (observação de pássaros). Além disso, nessa categoria também se destaca os municípios de Chapada dos Guimarães, Cáceres, São José do Rio Claro, e a região do Araguaia.

Rodovia Transpantaneira - Poconé 

A rodovia foi construída para atravessar o Pantanal. No plano original, a rodovia deveria sair de Poconé, Mato Grosso, e chegar a cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul, fronteira com a Bolívia. Ao chegar ao Rio Cuiabá foi verificado que não seria possível atravessar sem que fosse construída uma grande ponte, fazendo com que o projeto fosse terminado nesse ponto, que hoje é conhecido como Porto Jofre. Os 145 quilômetros de eco-rodovia possui 125 pontes de madeira sendo a estrada com maior número de pontes do mundo. A estrada depois do período chuvoso (dezembro a fevereiro) torna-se um verdadeiro mirante onde a água acumulada nas laterais da Transpantaneira, transforma-se num prodigioso refúgio de jacarés, capivaras, tuiuiús, sucuris e muitos outros animais. A rodovia foi construída para atravessar o Pantanal. No plano original, a rodovia deveria sair de Poconé, Mato Grosso, e chegar a cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul, fronteira com a Bolívia. Ao chegar ao Rio Cuiabá foi verificado que não seria possível atravessar sem que fosse construída uma grande ponte, fazendo com que o projeto fosse terminado nesse ponto, que hoje é conhecido como Porto Jofre. Os 145 quilômetros de eco-rodovia possui 125 pontes de madeira sendo a estrada com maior número de pontes do mundo. A estrada depois do período chuvoso (dezembro a fevereiro) torna-se um verdadeiro mirante onde a água acumulada nas laterais da Transpantaneira, transforma-se num prodigioso refúgio de jacarés, capivaras, tuiuiús, sucuris e muitos outros animais.

A rodovia foi construída para atravessar o Pantanal. No plano original, a rodovia deveria sair de Poconé, Mato Grosso, e chegar a cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul, fronteira com a Bolívia. Ao chegar ao Rio Cuiabá foi verificado que não seria possível atravessar sem que fosse construída uma grande ponte, fazendo com que o projeto fosse terminado nesse ponto, que hoje é conhecido como Porto Jofre. Os 145 quilômetros de eco-rodovia possui 125 pontes de madeira sendo a estrada com maior número de pontes do mundo. A estrada depois do período chuvoso (dezembro a fevereiro) torna-se um verdadeiro mirante onde a água acumulada nas laterais da Transpantaneira, transforma-se num prodigioso refúgio de jacarés, capivaras, tuiuiús, sucuris e muitos outros animais. A rodovia foi construída para atravessar o Pantanal. No plano original, a rodovia deveria sair de Poconé, Mato Grosso, e chegar a cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul, fronteira com a Bolívia. Ao chegar ao Rio Cuiabá foi verificado que não seria possível atravessar sem que fosse construída uma grande ponte, fazendo com que o projeto fosse terminado nesse ponto, que hoje é conhecido como Porto Jofre. Os 145 quilômetros de eco-rodovia possui 125 pontes de madeira sendo a estrada com maior número de pontes do mundo. A estrada depois do período chuvoso (dezembro a fevereiro) torna-se um verdadeiro mirante onde a água acumulada nas laterais da Transpantaneira, transforma-se num prodigioso refúgio de jacarés, capivaras, tuiuiús, sucuris e muitos outros animais.

Parque Estadual Cristalino – Alta Floresta e Novo Mundo


O Parque Estadual Cristalino, apesar do seu tamanho relativamente pequeno em termos Amazônicos, possui uma grande importância pela sua localização, biodiversidade excepcional e potencial turístico. Desde meados da década de 90, a área vem sendo objeto de diversas pesquisas, que identificaram uma grande diversidade de fauna e flora, com ênfase especial nas aves, com mais de 500 espécies já catalogadas. A diversidade de habitat também chama a atenção. O Parque conta com seis comunidades naturais distintas: o Rio Cristalino, a floresta de igapó, a floresta de terra firme, a floresta estacional semi-decidual, os afloramentos rochosos e campos rupestres, e os campos inundáveis (varjões e buritizais).

O Parque Cristalino está localizado no extremo Norte do Mato Grosso, nos municípios de Alta Floresta e Novo Mundo, numa área de 184.900 hectares. Possui uma posição considerada estratégica na preservação da floresta amazônica, uma vez que situa-se no chamado “arco do desmatamento da Amazônia”. Se ao sul do Parque estão localizados municípios já bastante caracterizados pelo desmatamento, no restante do seu entorno apresentam-se áreas em excelente estado de conservação, como é o caso do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (Serra do Cachimbo), uma área de 2,2 milhões de hectares da Força Aérea Brasileira, e as áreas indígenas vizinhas. Neste sentido, o Parque contribui diretamente com o fortalecimento do corredor ecológico de proteção da floresta, uma vez que forma uma barreira para a grande pressão antrópica existente ao sul da Amazônia Brasileira.

O Parque representa ainda um grande potencial eco-turístico para a região. Tal atividade já vem sendo realizada com sucesso no seu entorno há 15 anos. Atualmente, a importância do Parque vem despertando não só o interesse como a preocupação de ONGs e da sociedade civil, que reconhecem seu valor biológico e mesmo socioeconômico

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PANTANAL MATO-GROSSENSE UMA BOA OPÇÃO


Aves empoleiradas nas árvores, jacarés, capivaras e, com sorte, até onças-pintadas podem ser avistados nos passeios feitos a partir dessa estratégica base do Pantanal Norte. 







Além de contar com a boa infraestrutura de Hotéis Fazenda e Pousadas Aconchegantes de Turismo Rural e ecoturismo.



Uma parada tradicional no Pórtico de Entrada (marco inicial) da Transpantaneira, rodovia com 145 km de cascalho e terra batida – e 122 pontes! –, fundamental para entender o Pantanal.

Programe-se

Os Portões de entrada para o Pantanal Mato Grossense são os municípios de Cuiabá sendo a capital do estado depois Cáceres à 215 km de Cuiaba rodovia que vai par Rondônia MT 070, Poconé 100 Km de Cuiaba, anda 15 km na MT 070 vira a esquerda e segue mais 85 km pela MT 060, em Poconé pode acessar a Transpantaneira e Barão do Melgaço MT 040 via santo Antônio do Leverger.

Quando ir: as estradas de terra pantaneiras ficam bem transitáveis apenas na seca, de abril a setembro, sendo o melhor período de se ver as aves e animais 

De novembro a fevereiro, época da piracema, a pesca é proibida no Pantanal, nesta época o cenário é de Pantanal propriamente dito com toda planície pantaneira alagada.

Para melhor entender o Bioma (Ecossistema) Pantanal o ideal era se o turista pudesse conhecê-lo no período da seca (vazante) e no período das cheias (enchentes).











segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

CADASTRE-SE NO PROGRAMA CAMA E CAFÉ PARA COPA DO PANTANAL 2014 - CUIABÁ - MT


PROGRAMA CAMA E CAFÉ
Programa de hospedagem domiciar

CADASTRE-SE PELO SITEhttp://www.mtnacopa.com.br/formulario/5

Termos de Uso: 
Para a participação no Programa Cama e Café no MT, as residências devem apresentar requisitos mínimos básicos em suas áreas utilizadas para uso turístico. Estas informações seguem abaixo. Lembrando que existem requisitos obrigatórios e não obrigatórios. Importante: A residência poderá ofertar para uso turístico no mínimo 1 e no máximo 3 quartos. Cada quarto deverá conter no mínimo 1 e no máximo 3 camas. Sendo assim, a residência poderá ter um total de no máximo 3 quartos e 9 camas. Obrigatório: Áreas comuns devem ter: a) Climatização adequada (refrigeração e/ou ventilação natural ou forçada); b) Construção, instalações e mobiliários em boas condições de uso; c) Decoração e ambientação adequadas. Não obrigatório: a) Sala de estar com televisão; b) Geladeira acessível aos hóspedes; c) Local para guarda de bagagens; d) Jornais diários e revistas disponíveis; e) Equipamento telefônico para uso do hóspede; Obrigatório - O quarto deve ter: a) Cesto de lixo; b) Copos; c) Área mínima de 8m2; d) Tranca interna; e) Cortina ou persiana; f) Mesa com cadeira; g) Roupa de cama e cobertor em bom estado de conservação; h) Camas com colchão de solteiro com mínimo de 0,80 x 1,90m e/ou colchão de casal com mínimo de 1,40 x 1,90m; i) Armário, closet ou local específico para a guarda de roupas; j) Climatização adequada (refrigeração e/ou ventilação natural ou forçada). Não obrigatório: a) Televisão; b) Controle remoto de TV; c) Lâmpada de leitura junto ás cabeceiras; d) Mini refrigerador; e) Suporte apropriado para abrir a mala; f) Equipamento e estrutura básica para passar roupa; g) Mesa de cabeceira para cada cama ou entre duas camas. Obrigatório - O banheiro deve ter: a) Lavatório com espelho; b) Um sabonete e uma toalha de banho por hóspede; c) Água quente no chuveiro; d) Suporte ou apoio para produtos de banho no box; e) Área mínima de 1,30m2; f) Cesto de lixo. Não obrigatório: a) Ducha manual; b) Uma toalha de rosto por hóspede; c) Tapete ou piso (toalha); Importante: quando compartilhado, o banheiro deve ser utilizado por no máximo 6 pessoas, incluindo os anfitriões.

FONTE - http://www.mtnacopa.com.br/formulario/5

CUIABÁ - MATO GROSSO - DESTINO CERTO PARA COPA 2014



CUIABÁ
Além do potencial turístico, Cuiabá é o centro do agronegócio no estado e será uma das sedes da Copa do Mundo da FIFA em 2014. A cidade possui uma boa infraestrutura para receber eventos internacionais como congressos, feiras, simpósios, seminários e fóruns. 

Com quase 300 anos de existência, a chamada “Cidade Verde” é uma combinação fascinante de história, modernidade, vida cultural, sabores, diversão e negócios. 



CORAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL

Cuiabá está situada no exato local onde se situa o Centro Geodésico da América do Sul, ou seja, na parte mais central do continente. Pode ser considerada, portanto, o coração da América do Sul.

Com localização privilegiada, a cidade é a porta de entrada para diversos destinos turísticos. É possível pescar e conhecer a vida selvagem da maior planície inundável do planeta - o Pantanal Mato-grossense - ou se encantar com os cenários de pedra da Chapada dos Guimarães, a menos de 70 km da cidade.



HISTÓRIA QUE ESTÁ NAS RUAS

Fundada em 1719 por bandeirantes paulistas, Cuiabá é uma cidade rica em história para contar.

De casarões de arquitetura colonial que abrigaram governadores de capitanias e representantes do Reino de Portugal, passando por igrejas construídas por escravos no século 18 a diversas edificações feitas no governo do interventor de Getúlio Vargas no Estado, sua biografia de quase 300 anos carrega marcas que se confundem com a própria história do Brasil.


Ednilson Aguiar/Secom-MT

DANÇAS E RITMOS

Em Cuiabá, a alegria também vem da música e de um jeito único de dançar.

Siriri 
O siriri é uma das danças mais populares do folclore cuiabano. Os participantes dançam ao som de música simples e alegre acompanhada pelos instrumentos tradicionais de Cuiabá: viola de cocho, ganzá e mocho.

Cururu

De origem luso-afro-indígena, o cururu é uma roda de cantoria e dança executada somente por homens tocando viola-de-cocho e ganzá.

Rasqueado

A fusão da polca dos paraguaios retidos em Mato Grosso por ocasião da Guerra do Paraguai e o siriri dos cuiabanos ribeirinhos deu origem ao rasqueado – ritmo contagiante que embala até hoje os casais nos bailes e festas cuiabanas.

PARQUES
O Parque Mãe Bonifácia é ideal para praticar exercícios físicos e passear com a família. No zoológico da UFMT, muitas espécies de animais do Pantanal deixam qualquer visitante encantado. A diversão não para por aí, o Sesi Park é um dos espaços que oferece lazer através de um amplo complexo aquático.


ROTA DO PEIXE 
Um roteiro que inclui pratos saborosos, história e cultura ribeirinha do rio Cuiabá. A Rota do Peixe atrai turistas para as comunidades ribeirinhas de Bom Sucesso, Passagem da Conceição e diversas peixarias de Cuiabá e Várzea Grande.

VIDA NOTURNA

Muito acolhedora, Cuiabá recebe seus turistas de braços abertos e oferece muitas opções de diversão noturna. Música, gastronomia irresistível ou um bom papo com os amigos? A noite cuiabana é o lugar.


Marcos Negrini/Setecs-MT

CULINÁRIA REGIONAL

Quem experimenta a culinária mato-grossense nunca esquece o sabor. Todo o seu charme e diversidade em pratos, principalmente à base de peixes de água doce, carne seca e condimentos do cerrado, conquistam os mais diversos paladares.

É de dar água na boca

O Pacu Assado, um peixe típico da região com um tempero especial. Outro prato saboroso é o “Maria Izabel” preparado com arroz e carne seca, com o acompanhamento da farofa de banana. Esses e outros pratos como paçoca de pilão (farinha com carne seca) você só encontra aqui.

Doces

Os típicos da região são o bolinho de arroz e o furrundú (doce de mamão).

Bebidas

O guaraná ralado é servido como o tradicional cafezinho da manhã em algumas regiões do estado, porém é mais forte que o café.

Caldos

Suculento e afrodisíaco prato da cozinha cuiabana. O caldo de piranha e o escaldado são muito saborosos e fortes. Uma boa pedida para curar ressaca.

Além de toda essa riqueza cultural, quem vem a Cuiabá se encanta com as características que fazem parte da alma de seu povo: a hospitalidade, a alegria e o calor humano contagiante. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cultura mato-grossense

Cuiabá
DANÇA E MÚSICA
A dança e a música de Cuiabá tem influências de origem africana, portuguesa, espanhola, índigenas e chiquitana. É um conjunto muito rico de combinações que resultou no rasqueado, siriri, cururu e outros ritmos. Os instrumentos principais que dão ritmo às músicas e danças são: a viola de cocho, ganzá e mocho.

• Cururu
Música e dança típica de Mato Grosso. Do modo como é apresentado hoje é uma das mais importante expressões culturais do estado. Teve origem à época dos jesuítas, quando era executado dentro das igrejas. Mais tarde, após a vinda de outras ordens religiosas, caiu na marginalidade e ruralizou-se. É executada por dois ou mais cururueiros com viola de cocho, ganzás (kere-kechê), trovos e carreiras.

• Congo
Esta dança é um ato de devoção a São Benedito. No reinado do Congo os personagens representados são: o Rei, o Secretário de Guerra e o Príncipe. Já no reino adversário, Bamba, fica o Embaixador do Rei e doze pares de soldados. Os músicos ficam no reino de Bamba e utilizam: ganzá, viola caipiria, cavaquinho, chocalho e bumbo.

• Chorado
Dança surgida na primeira capital de Mato Grosso, Vila Bela de Santíssima Trindade, no período colonial. A dança leva esse nome, pois representa o choro dos negros escravos para seus senhores para que os perdoassem dos castigos imposto aos transgressores. O ritmo da música é afro, com marcações em palmas, mesa, banco ou tambor.

• Siriri
Dança com elementos africanos, portugueses e espanhóis. O nome indígena é referência aos cupins com asa, que voavam num ritmo parecido com a dança nas luminárias. A música é uma variação do cururu, só que com ritmo bem mais rápido. Os instrumentos utilizados são: viola de cocho, o ganzá, o adufe e o mocho. Os versos são cantigas populares, do cotidiano da região.

• Dança dos Mascarados
Dança executada durante a Cavalhada em Poconé. E uma apresentação composta apenas por homens - adultos e crianças. Tem esse nome por executarem a dança com mascaras de arame e massa. O ritmo é instrumental com o uso de saxofone, tuba, pistões pratos e tambores. O município de Poconé é o único do Brasil a realizar esse espetáculo.

• Rasqueado
Tem origem no siriri e na polca paraguaia. O nome do ritmo é referência ao rasqueado que as unhas fazem no instrumento de corda, uma forma tradicional de tocar instrumentos. Na sua essência utiliza os mesmos instrumentos que o siriri: viola de cocho, mocho, adufe e ganzá. Mas evoluiu para o uso de violões, percussão, sanfona e rabeca.

Fonte LOUREIRO, Antônio. Cultura mato-grossense. Cuiabá, 2006


LINGUAJARMato Grosso é uma terra de vários sotaques. Com influência de Gaúchos, mineiros, paulistas, portugueses, negros, índios e espanhóis, o estado não tem uma fala própria. Em lugares como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Sinop o acento do sul fica mais evidente. É claro que o língua é porosa e a influência se faz presente, até mesmo nas comunidades mais fechadas.

No entanto, em Mato Grosso, temos o falar cuiabano, talvez o sotaque mais marcados da língua portuguesa. Com expressões próprias como “vôte” e “sem-graceira” esse falar se mistura com uma entonação diferente, como a desnasalização no final de algumas palavras. Infelizmente ele é um dos menos retratados na cultura nacional, nunca apareceu em uma novela ou filme de sucesso nacional e não possui uma identificação imediata.

Devido ao seu enorme isolamento por conta da distância e acontecimentos históricos, o linguajar guardou resquícios do português arcaico, misturou-se com o falar dos chiquitanos da bolívia e dos índios das diversas tribos do estado.

Antônio de Arruda descreveu algumas expressões idiomáticas que são verificadas num glossário do Linguajar Cuiabano:

• É mato - abundante.
• Embromador - tapeador.
• Fuxico - mexerico.
• Fuzuê - confusão, bagunça.
• Gandaia - cair na farra, adotar atitude suspeita.
• Ladino - esperto, inteligente.
• Molóide - fraco.
• Muxirum - mutirão.
• Pau-rodado - pessoa de fora que passa a residir na cidade.
• Perrengue - molóide, fraco.
• Pinchar - jogar fora.
• Quebra torto - desjejum reforçado.
• Ressabiado - desconfiado.
• Sapear - assistir do lado de fora.
• Taludo - crescido desenvolvido fisicamente.
• Trens - objetos, coisas.
• Vote! - Deus me livre

Fonte
ARRUDA, Antônio. O Linguajar Cuiabano E Outros Escritos. Cuiabá, 1998.

IMAGINÁRIO POPULAR (MITOS E LENDAS)
• Currupira
Este personagem faz parte do folclore nacional, mas tem bastante espaço no meio rural de Mato Grosso. Um garoto com os pés virados, que vaga pela mata aprontando estripulias. Em Mato grosso diz-se que ele protege os animais selvagens da caça e chama garotos que caçam passarinhos para dentro da mata – esta parte é usada pelos adultos para manter as crianças longe da mata fechada.

• O Minhocão
Este ser mítico é o Monstro do Lago Ness de Cuiabá. Relatos dos mais antigos atestam que um ser em forma de uma cobra gigante, com cerca de 20 metros de cumprimento e dois de diâmetro, morava nas profundezas do rio e atacava pescadores e banhistas. A lenda percorre toda extensão do rio e foi passada de boca a boca pelos mais velhos.

• Boitatá
O nome quer dizer “cobra de fogo” (boia = cobra / atatá = fogo). É uma cobra transparente que pega fogo como se queimasse por dentro. É um fogo azulado. Sua aparição é maior em locais como o Pantanal, onde o fenômeno de fogo fátuo é mais comum. Esse fenômeno se dá por conta da combustão espontânea de gases emanados de cadáveres e pântanos.

• Cabeça de Pacu
Se você estiver de passagem por Mato Grosso é bom ficar atento ao Pacu. De acordo com a lenda local, quem come cabeça de Pacu nunca mais saí de Mato Grosso. Se o viajante for solteiro não tardará a casar com uma moça da terra, caso for casado, vai fincar raízes e permanecer no estado.

Fonte LOUREIRO, Antônio. Cultura mato-grossense. Cuiabá, 2006

GASTRONOMIA
Apesar de ser conhecido como o celeiro do mundo, Mato Grosso tem um enorme potencial também para servir comidas de excelente qualidade. A culinária do estado tem influências da África, Portugal, Síria, Espanha e dos antigos indígenas. Com a migração dos últimos anos a culinária também agregou alguns pratos típicos de outras regiões brasileiras.

Pratos considerados bem mato-grossenses são: Maria Isabel (carne seca com arroz ) o Pacu assado com farofa de couve, a carne seca com banana-da-terra verde, farofa de banana-da-terra madura além do tradicional churrasco pantaneiro que se desenvolveu pelas longas comitivas de gado no pantanal.

O peixe é um alimento farto. Ele é comido frito, assado ou ensopado, recheado com farinha de mandioca ou servido com pedaços de mandioca. Os peixes de mais prestígio nas mesas locais são: o pacu, a piraputanga, o bagre, o dourado, o pacupeva e o pintado. Os peixes dos rios do estado, carnudos e saborosos, são uma atração turística para quem visita o estado.

Outro elemento bastante presente é o Guaraná de ralar, usado principalmente pelos mais velhos que o tomam sempre pela manhã antes de começar o dia.

Podemos destacar a variedade de doces e licores apreciados pelos mato-grossenses. Temos como os mais famosos o Furrundu (doce feito de mamão e rapadura de cana), o doce de mangaba, o doce de goiaba, o doce de caju em calda, o doce de figo, o doce de abóbora, e outros. Como aperitivo temos o licor de pequi, licor de caju, licor de mangaba, e outros.

Fonte
LOUREIRO, Antônio. Cultura mato-grossense. Cuiabá, 2006


PATRIMÔNIO HISTÓRICO
O Patrimônio Histórico de Mato Grosso vem sendo revitalizado através de várias ações em âmbito estadual. Imóveis que contam a história coletiva dos povos mato-grossenses, como igrejas e museus, são alvos de projetos de recuperação em várias cidades como Vila Bela de Santíssima Trindade, Diamantino, Rosário Oeste, Cáceres e Poxoréu.

Igreja Nossa Senhora do Bom Despacho

A igreja dedicada à Nossa Senhora foi uma das primeiras a serem levantadas em Cuiabá, ainda no século XVIII. A construção atual, entretanto, data de 1918, iniciada durante a presidência de Dom Francisco de Aquino Correia, que também era arcebispo de Cuiabá na época. Tombada estadualmente em 1977, a Igreja foi reinaugurada em 2004 após passar por um amplo processo de recuperação feito em parceria pelos governos estadual e federal.

Palácio da Instrução

Belíssima construção em pedra canga, localizada na região central de Cuiabá, ao lado da Catedral Metropolitana. Inaugurado em 1914, é hoje a sede da Secretaria Estadual de Cultura, do Museu de História Natural e Antropologia e da Biblioteca Pública.

O Palácio da Instrução foi reinaugurado no dia 06 de dezembro de 2004. O projeto foi considerado a maior obra de recuperação feita até hoje no Estado.

Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito

A igreja é um dos marcos de fundação da cidade de Cuiabá, tendo sido construída em arquitetura de terra em torno de 1730, próximo às águas do córrego da Prainha, em cujas águas Miguel Sutil descobriu as minas de ouro que impulsionariam a colonização da região.

Igreja Senhor dos Passos 
Instalada há 214 anos num cantinho discreto do Centro Histórico – no movimentado cruzamento das ruas 7 de setembro e Voluntários da Pátria -, a Igreja do Nosso Senhor dos Passos guarda muitas histórias e lendas, que se confundem, e revelam aspectos do folclore, das crendices e do espírito religioso da Cuiabá antiga.

Museu Histórico de Mato Grosso

O prédio do antigo Thesouro do Estado foi recuperado e entregue em novembro de 2006. Atualmente, abriga o Museu Histórico de Mato Grosso. O acervo do Museu contém documentos, maquetes e registros que vão desde os tempos pré-históricos de ocupação do território, passando pelos períodos colonial e imperial do Estado até chegar à Política Contemporânea.

Antiga Residência Oficial dos Governadores de Mato Grosso 
A Residência Oficial dos Governadores de Mato Grosso foi construída entre os anos de 1939 e 1941, no Governo do Interventor Júlio Müller. Getúlio Vargas, que ocupava o Palácio do Catete no Rio de Janeiro à época, foi o primeiro presidente brasileiro a visitar o Estado e, também, o primeiro hóspede ilustre da casa.
Durante 45 anos a residência abrigou 14 dirigentes do Estado de Mato Grosso e seus familiares. Foi palco de grandes decisões políticas e governamentais, sendo desativada como residência oficial em 1986. A última reforma/restauro, em 2000, devolveu a residência suas características do projeto original.

Fonte: Secretaria de Cultura de Mato Grosso

ARTESANATOO artesanato mato-grossense reflete o modo de vida do artesão. Em cada obra, vemos representado o dia-a-dia e os costumes da sociedade. Verdadeiras obras de arte enriquecem a cultura mato-grossense e transformam o cotidiano num encanto de belezas. São objetos de barro, madeira, fibra vegetal, linhas de algodão e sementes.

Dentro do artesanato mato-grossense a cerâmica é a que mais se destaca pelas suas formas e perfeições. Feita de barro cozido em forno próprio, ela é muito utilizada para a fabricação de utensílios domésticos e objetos de ornamentação. Na divulgação da arte, cultura e tradição mato-grossense, a tecelagem também detém grande representatividade, principalmente pela beleza das cores refletidas nas redes tingidas e bordadas, uma a uma, pelas mãos das redeiras. A mistura de cores forma lindas imagens, que vão desde araras e onças até belas flores nativas.

Indígena 
A cultura mato-grossense sofre forte influência dos indígenas, através de seus costumes e tradições. O artesanato é forte e expressivo, representando o modo de vida de cada tribo. Eles preservam a arte de confeccionar cocar, colares, brincos e pulseiras, utilizando-se das matérias-primas oriundas da natureza, como sementes, penas e pigmentos.

Fonte: Mato Grosso e seus Municípios

FOLCLORE
CAVALHADA A Cavalhada é uma das mais ricas manifestações da cultura popular da cidade de Poconé, que rende homenagem a São Benedito. Uma festa organizada por famílias tradicionais da região, carrega o Pantanal para uma longínqua Idade Média. Trata-se de uma disputa entre mouros e cristãos. Nesta luta são utilizados dezenas de cavalos e cavaleiros que têm por objetivo salvar uma princesa presa em uma torre permanentemente vigiada. Em dia de Cavalhada, a cidade de Poconé amanhece azul e vermelha, as cores que representam os cristãos e os mouros, um exemplo puro de cultura e paixão por suas raízes.

DANÇA DOS MASCARADOS Típica do município de Poconé, é uma mistura de contradança européia, danças indígenas e ritmos negros. A maior peculiaridade desta dança é o fato de participarem apenas homens, aos pares, metade dos quais vestidos de mulher, com máscaras e roupas coloridas onde predominam o vermelho e o amarelo. A Dança dos Mascarados não encontra semelhanças com nenhuma outra manifestação no Brasil e sua origem ainda é um mistério, porém a origem pode estar ligada aos índios que habitavam a região.

FESTA DE SÃO BENEDITO Geralmente realizada entre a última semana de junho e a primeira de julho, movimenta milhares de fiéis, em procissão com bandeiras e mastros tão criativos quanto singelos. Ao final da procissão é levantado o mastro em homenagem ao santo. Dias antes do festejo há um ritual no qual os festeiros percorrem as ruas da cidade levando a bandeira do santo de casa em casa e recebendo donativos.Durante os dias de festa há fartura de comida e diversas iguarias, com distribuição de alimentos.

DANÇA DO CHORADO Dança afro, da região de Vila Bela da Santíssima Trindade, surgiu no período colonial, quando escravos fugitivos e transgressores eram aprisionados e castigados pelos Senhores e seus entes solicitavam o perdão dançando o Chorado. Com o passar do tempo a dança foi introduzida nos últimos dias da Festa de São Benedito, pela mulheres que trabalhavam na cozinha. Com coreografia bem diferente da demais danças típicas, são equilibradas garrafas na cabeça das dançarinas que cantam e dançam um tema próprio. 

Turismo de Mato Grosso - Informações interessantes


Cuiabá

Mato Grosso oferece uma incrível variedade de roteiros turísticos. É o único estado brasileiro com regiões naturais como Amazônia, Cerrado, Pantanal e Araguaia. Além das riquezas naturais, existe por aqui também um patrimônio histórico e cultural que possibilita uma infinidade de oportunidades para os turistas. 

Assim, várias formas podem ser exploradas como o turismo rural, de contemplação, cultural, pesca esportiva e o ecoturismo.

O Estado de Mato Grosso conta com 3.629 unidades habitacionais (hotéis e congêneres) que disponibilizam 10.887 leitos. O município de Cuiabá dispõe de 2.355 unidades habitacionais com 4.325 leitos disponíveis. Com o evento da Copa da Fifa 2014, está previsto o aumento de 60% de leitos disponíveis em hotéis de três, quatro e cinco estrelas na cidade de Cuiabá, através da ampliação de hotéis já existentes, bem como pela chegada de novas redes de hotéis internacionais, além de um resort cinco estrelas no entorno do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

Regiões turísticas:

Cerrado
Engloba 48 municípios entre os quais as três maiores cidades do estado: Cuiabá Várzea Grande e Rondonópolis. È um bioma árido e bastante seco durante parte do ano, mas extremamente rico em biodiversidade. São mais de 100 mil espécies de plantas, muitas delas medicinais e endêmicas. É no subsolo do cerrado mato-grossense que brotam os rios formadores das principais bacias hidrográficas do país.

Pantanal 
Considerado um dos mais belos e selvagens biomas do planeta, o Pantanal tem 200 mil km2 de extensão (dois terços em território brasileiro, o restante no Uruguai e na Bolívia). Um terço da porção brasileira esta localizada em Mato Grosso, onde abrange 10 municípios no sudoeste do estado. É considerado por ornitólogos o melhor lugar do mundo para observação de aves.
Entre outubro e março, período de cheia, a chuva provoca o transbordamento dos rios. As águas correm trechos de estradas, pontes e extensas faixas de terra, formando gigantescos alagados. 

O Pantanal tem como porta de entrada os municípios de Cáceres, Barão de Melgaço e Poconé, onde se praticam principalmente atividades relacionadas à observação da flora e fauna, cavalgadas, passeios de barco, safári fotográfico e trilhas ecológicas.

Amazônia
Dez porcento da maior floresta do planeta fica em Mato Grosso. São 49 cidades no noroeste do estado que abrangem quase metade do território do estado. Nessas áreas existem grandes áreas de conservação ambiental e reservas indígenas. Os maiores são o Parque Nacional do Juruena, que ocupa o extremo norte do estado, e o parque indígena do Xingu, maior reserva indígena do mundo. 

Os principais polos regionais da região amazônica mato-grossense são Sinop, Sorriso e Alta Floresta. São cidades jovens, criadas a partir da década de 1970 às margens da BR163. 

Araguaia
O vale do Araguaia tem mais de 2.100km2 e é marcado pela passagem do gigante rio Araguaia. Ao longo do seu território ele constitui uma fronteira natural entre os estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. A região turística do Araguaia engloba 34 municípios na extensa faixa que ocupa todo leste de Mato Grosso, encontrando no sul o Cerrado e Pantanal e no norte a região Amazônica.

O rio Araguaia é um dos rios brasileiros mais famosos pelo seu número de peixes e pela transparência das águas. Os programas mais procurados pelos turistas são a navegação e pesca esportiva, além das praias de areias brancas.

Parques Nacionais de Mato Grosso 
O Estado de Mato Grosso é o que possui mais parques nacionais no Centro-Oeste Brasileiro. São três: Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Parque Nacional do Juruena. Juntos, compõem mais de 3 milhões de hectares de área protegida.

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães 
Famoso internacionalmente por sua mística e mistérios, o parque nacional de Chapada dos Guimarães tem protegido seus ecossistemas de savanas e matas, inúmeros sítios arqueológicos e monumentos históricos. É ponto de peregrinação de turistas que gostam de sentir e entrar em contato com a natureza. Suas belas cachoeiras e paisagens enchem os olhos dos visitantes. 

Centro Geodésico da América Latina, o Parque Nacional de Chapada é o ponto mais central do continente. Uma experiência inesquecível, bem no coração do Brasil.

Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense
O Parque Nacional do Pantanal é considerado, pela UNESCO, Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. Suas paisagens são tão belas e marcantes que ficam para sempre na memória dos visitantes. Quem vê um pôr do sol no Pantanal nunca mais esquece. 

Sua incrível fauna e flora é destino turístico dos amantes do ecoturismo. As condições ambientais favorecem o estabelecimento de grande variedade de fauna para serem observadas em seu habitat natural. Além disso, o Pantanal é o lugar do mundo com o maior índice de borboletas.

Parque Nacional Juruena 
Criado em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, e localizado entre o norte do estado do Mato Grosso e sul do Amazonas, o Parque Nacional Juruena conta com uma área de 1,9 milhão de hectares. É o terceiro maior parque do Brasil.

O parque só pode ser adentrado por visitantes com guias especializados, mas quem tiver a oportunidade vai se deparar com toda exuberância da natureza na sua forma mais selvagem. Um pedaço da Amazônia intocada dentro de Mato Grosso. 

Fonte: SEDTUR e MT em Números


PANTANAL - EMPRESÁRIOS DE TURISMO FALAM SOBRE A COPA 2014

Para presidente de associação, MS vai "roubar" turista que vem à Copa

Patrícia Sanches 
Enviada Especial a Poconé

FOTOS - MRodinei Crescêncio/Rdnews

Michelle Gahyva, que preside a Associação de Pousadas, Hotéis e Restaurantes de MT lamenta que, no embalo da Copa, turistas serão redirecionados para MS

A presidente da Associação de Pousadas, Hotéis e Restaurantes, Michelle Gahyva, se mostra preocupada com o destino dos turistas que virão a Mato Grosso para assistir aos jogos da Copa do Mundo, em junho, na Arena Pantanal, em Cuiabá, envolvendo as seleções da Austrália, Colômbia, Bósnia, Rússia, Nigéria, Chile, Coréia do Sul e Japão. Segundo ela, a desarticulação do setor, aliada a falta de investimentos da gestão pública, devem favorecer o Estado vizinho, que se programa para levar os visitantes de Cuiabá e para Campo Grande a preços bastante atrativos. “Sentimos que não vai ficar nada para a gente”, lamenta.

Segundo ela, os agentes de viagem firmaram acordos com as empresas aéreas para que a passagem de Cuiabá a Campo Grande seja de R$ 50 durante os jogos do Mundial. “Vem buscar o turista que vem assistir o jogo aqui”. Ela avalia que a situação é resultado da união das cadeias produtivas e da gestão pública. “Porque aqui todo mundo corre atrás do seu e não faz algo englobado. Se a gente não arregaçar as mangas não é a prefeitura ou o governo que vai arregaçar para a gente”.

De todo modo, Michelle pondera que a situação seria mais fácil se a gestão pública colaborasse por meio, por exemplo, da limpeza e recuperação da Transpantaneira. “Sema não autoriza limpar, então, porque a secretaria estadual de Turismo não faz uma parceria com a Sema”, reclama. O secretário estadual de Turismo Jairo Pradela, por sua vez, contesta a informação e garante que os turistas vão ficar em Mato Grosso. “Isso não passa de especulação. O que existe é uma rixa entre os Estados, mas Mato Grosso do Sul não tem condições de fazer uma coisa dessas”.

O diretor da Pousada Piuval Eduardo Mattos Eubank de Campos reforça as reclamações de Michelle. Ele avalia que hoje o principal gargalo do turismo no Pantanal é a falta de logística adequada, que acaba promovendo o chamado “marketing negativo”. "Se a pessoa vem, tira uma foto numa ponte, com o carro dele caído, faz a propaganda negativa e as pessoas não vem mesmo. Preferem ir para Chapada, onde tem um acesso mais tranquilo".

Ele, assim como a presidente, cobra mais apoio das gestões municipal e estadual no sentido de organizar o setor e dar apoio aos empresários, por meio da melhora, por exemplo da Transpantaneira. “A cidade está feia, não tem praça e a cidade parece fantasma”, reclama. Em seguida, diz que a gestão Silval Barbosa (PMDB), diferentemente do ex-governador Blairo Maggi (PR), que conservava mais as estradas e pontes, não faz nada para o setor. Lembra, por exemplo, que a Copa foi lançada há 4 anos e apenas agora vão começar a recuperar a MT-060, que dá acesso a Poconé. "Só promessa, promessa e nada veio para cá”. Ainda conforme Eduardo, o volume de participação de MT nas feiras, onde o nome do Estado é divulgado, também reduziu na administração Silval.

Michelle lembra que o último grande investimento no setor foi feito por Blairo, por meio de uma parceria com o Sesc Pantanal, quando foi pavimentada a Estrada Parque Porto Cercado. “Todo aniversário da cidade tem lançamento de obra, mas só lança. Depois do anúncio da Copa, achamos que ia trazer benefícios, mas não teve. Tivemos uma frustração".

Para a presidente, o atendimento ao turista também é deficitário, tendo em vista que o Centro de Atendimento ao Turista fecha na hora do almoço, aos sábados e também aos domingos. Assim, apenas o Espaço do Turista, mantido pelos empresários, tem feito este papel. Ela reclama que até agora não teve apoio da prefeitura, que prometeu pavimentar a rua que dá acesso ao local. “Não há amparo do poder público local e o estadual”.

Voucher Único

Fotos: Rodinei Crescêncio/Rdnews

Empresário Eduardo Mattos Eubank, da pousada Piuval, afirma que maior gargalo do turismo no Pantanal é a falta de logística, o que promove marketing negativo

A exemplo de Chapada dos Guimarães, os empresários de Poconé defendem a implementação do Voucher Único. Em Poconé, o projeto está “engavetado” desde 2002, conforme Michely. Ela reclama que por meio do mecanismo seria possível assegurar recursos para investir no setor, em saúde e educação, além de ter um maior controle sobre o número de turistas que visitam a região. Defende que a taxa seja de R$ 2 reais. Argumenta que Nobres, que começou a investir no setor agora, já tem o Voucher. “Turismo não é bem visto tanto pela população, quanto pelos seguimentos políticos”. Conforme Eduardo, que é do Conselho, a expectativa é de que a ferramenta seja implementada ainda neste ano. Ele defende a proposta porque hoje o turismo praticamente não gera renda para prefeitura investir também no setor. "Além de angariar fundos, eu acho que vai ter mais preservação, controle e segurança, vai ter mais turismo. Porque hoje não é uma cidade turística".

O secretário Turismo Jairo Pradela rebate as críticas dos empresários e garante que o Estado está fazendo a lição de casa, mas que é preciso que a população e os empresários também colaborem. “A iniciativa privada tem que esforçar. Ela não pode parar. É dessa contrapartida que precisamos”, frisa.

Segundo ele, entre os projetos dos governos estadual e municipal estão a revitalização da MT-060, da avenida Anibal de Toledo, sinalização turística, recuperação da Transpantaneira, a construção de uma arena para a cavalhada, a revitalização do Tanque da Rua, também conhecido como Recanto da Ressaca – ponto histórico que existe há 200 anos, quando fazendeiros vinham descansar no local. No caso dos dois últimos, os projetos são elaborados pela AMM e depois serão licitados. 

O secretário cita ainda o fato da ex-secretária de Turismo e deputada Teté Bezerra ter destinado R$ 235 mil para a conclusão da nova sede do Centro de Atendimento ao Turista, obra hoje parada em meio a um matagal e que deve ser retomada neste primeiro semestre. Além disso, Pradela pontua que, numa parceria com a prefeitura, está sendo feita a catalogação de todos os pontos turísticos da cidade. “Mas, a comunidade também tem que estar integrada e saber que tem que receber bem o visitante”.

Fotos: Rodinei Crescêncio/Rdnews
Michelle Gahyva reclama da falta de investimentos do poder público e enfatiza que o governo Blairo investia em infraestrutura turística, diferente da gestão Silval


NO PANTANAL - Poconé é cidade de encantos


Poconé é cidade de encantos
Jackelyne Pontes

No centro-sul mato-grossense, dando boas-vindas a quem vai visitar o Pantanal, e guardando a entrada da Transpantaneira podemos respirar ares bucólicos, sentar-nos nas calçadas no final da tarde, deliciar-nos com os quitutes das festas de santo, fazer um passeio na pracinha e tomar um sorvete após a missa das 19 horas. Se ainda tivermos sorte podemos nos deparar com um ensaio a céu aberto dos Mascarados de Poconé, grupo de dança e música formados apenas por homens que com as suas máscaras e vestes coloridas, em um ritmo alucinado de uma melodia que mescla influências europeias, indígenas e negras encantam e hipnotizam que assiste.

Aliás os Mascarados foi o que mais me encantou nos três ótimos anos que morei a trabalho na Cidade Rosa. Foi amor à primeira vista. O colorido, as máscaras, os dançarinos, o movimento das roupas, as coreografias, os chapéus com plumas e o mistério sobre a identidade dos seus componentes tem expressão fortíssima, e me comove a cada vez que os assisto. O interessante é que em nenhuma parte do Brasil esta dança tem seguidores, e a sua origem também é desconhecida. Os mais antigos dizem que ela teve origem com os índios da etnia Beripoconé, que habitavam a região. De uma coisa eu tenho certeza: é lindo e sobretudo instigante.

Em junho, anualmente, a cidade que é o Portal do Pantanal se veste de azul e vermelho: é a Cavalhada. Aos cerca de 30 mil habitantes somam-se mais 10 mil para contemplar esta festividade que tem a sua origem em Portugal e que conta a história do combate dos exércitos Mouro e Cristão, com ares medievais e montados em cavalos pantaneiros, que envolve a disputa da rainha, queima do castelo e provas variadas. É emocionante e belo. Trata-se de cultura popular em seu mais orgânico significado. As famílias poconeanas se envolvem de maneira visceral, seja com os seus cavaleiros ou na escolha da rainha. É uma tradição. Se eu fechar os olhos consigo ouvir neste exato momento o som dos guizos, o trote dos cavalos e o repique da caixa, que é o instrumento usado pelos participantes para marcar os movimentos dos participantes.

E o que dizer dos passeios de chalana, dos pássaros no ninhal, dos jacarés com seus olhares misteriosos, da cheia e vazante dos rios, das cavalgadas, das revoadas de araras azuis, das vitírias régias e camalotes, e do encanto da onça pintada? Tudo lindo, experiência incrível, acessível a quem quiser fazer um turismo ecológico e conhecer de perto os encantos da nossa terra.

Apesar da falta de infraestrutura, de enfrentar problemas como todas as cidades interioranas do Estado, o bem mais precioso deste município localizado a 94 km de Cuiabá é com certeza o seu povo. Acolhedor e de boa conversa, qualquer um sente-se em casa. Feliz daquele que pode ao menos uma vez na vida ser recebido por uma família tipicamente poconeana para um refeição em um dos casarões antigos que fazem parte da arquitetura da cidade. Sou grata a Poconé pela hospitalidade, e sei que serei eternamente abençoada por São Benedito e Divino Espírito Santo, protetores deste tão rico pedaço de chão. Só quem conhece e vivencia a rotina da cidade sabe da pujança da cultura e das tradições e, apesar de ser Rosariense, posso dizer com convicção que o meu coração também é poconeano, meu coração é rosa.

Jackelyne Pontes é cirurgiã-dentista e colunista do Blog do Romilson com artigo publicado todo domingo - jackelynepontes@gmail.com

NO PANTANAL - Em Pocone a economia é fomentada com criação de jacarés e de cavalos pantaneiros



Patrícia Sanches 
Enviada Especial a Poconé
Fonte: RDENWS

Pantanal Caiman é a 2ª empresa do Estado que cria jacarés; hoje são cerca de 30 mil, de filhotes a animais com 7 anos; empresa tem parceria com 32 fazendas

Pecuária, mineração e agricultura são as principais fontes da economia de Poconé, porta de entrada do Pantanal Mato-Grossense. Mas, há dois empreendimentos que chamam a atenção pelo fato de serem raros: a criação de jacarés e do cavalo pantaneiro. Fundada em 2006, a Empresa Aguacerito Leather Comércio De Couros Ltda (nome fantasia Pantanal Caiman) está instalada numa área de 25 hectares e hoje cria cerca de 30 mil jacarés – que vão desde filhotes a animais com 7 anos. Eles são alimentados com ração misturada com cerca de 30 mil kg mês de vísceras de boi moídas (baço e pulmão) de 2 a 5 vezes por semana, dependendo do tamanho. A informação é dos proprietários Lauzimar Fernando Morandi e Vivaldo da Silva Vieira.

Ali chegou a abrigar 200 mil animais e, agora, iniciou a retomada do aumento da criação. Em 2014 quer chegar a 70 mil. Para tanto, até maio, ela realiza – por meio de parceria com 32 fazendeiros da região, registrados no Ibama, que autoriza o procedimento com base no censo populacional – a chamada coleta. “O órgão libera a quantidade de ninhos que podem ser coletados. Os fazendeiros retiram sem agredir o meio ambiente e ainda têm uma renda a mais nesse período de cheia”, pondera Vivaldo. Cada filhote é adquirido por R$ 3,50.

Há ainda um frigorífico onde são abatidos cerca de 150 jacarés por semana, em geral animais com 2 anos e meio porque a pele deles é melhor aceita no mercado. Os principais compradores (curtumes) estão localizados nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. “No frigorífico retiramos a pele. Ela fica submersa num produto químico, é secada, classificada e, depois, salgada”, explica Vivaldo. Em geral, se paga R$ 2,50 por centímetro de pele. Como, normalmente, são 40 centímetros, se paga R$ 100 por peça.

Tudo é aproveitado. Além do couro, que é utilizado na confecção de bolsas, cintos, carteiras e calçados, a carne do animal também é bastante apreciada. Neste caso, o preço do kg varia de R$ 17 reais a R$ 37 reais, dependendo da qualidade (tipo 1, 2 e 3). Somente em Poconé e em Cáceres há criação de jacarés.


Fotos: Rodinei Crescêncio/Rdnews

O cavalo pantaneiro é considerado dócil e se adapta a situações adversas e, segundo a Associação Nacional de Criadores, a raça avança no melhoramento genético


Antônio Henrique de Aquino Teixeira, o Tony

Em relação à criação dos cavalos pantaneiros, conforme o presidente da Associação Nacional dos Criadores deste tipo de animais (fundada em 1962), Antônio Henrique de Aquino Teixeira, o Tony, existem hoje, registrados, 19 mil cavalos pantaneiros em todo país, mas o número pode chegar a 100 mil, por isso, será feito um censo. O maior rebanho, em uma única propriedade, está localizado na fazenda Abílio Leite de Barros (MS), com 500 cavalos. “O cavalo, todo lugar que está indo ele vem se destacando. Temos até fora do Brasil, no Paraguai e na Bolívia”.

Tony elenca como principais características dele a rusticidade e o fato de se adaptar bem a situações adversas, sendo, ao mesmo tempo, dócil. O presidente pondera que a raça está cada vez melhor graças ao melhoramento genético e da profissionalização da mão-de-obra que trabalha com esses animais. “É um cavalo que resiste bem tanto na água, quanto no lugar seco”. São apresentados em exposições e provas de laços e vendidos em leilões, sendo utilizados, por exemplo, pelos fazendeiros para conduzir o gado pelo pantanal. “Grande destaque dele hoje está sendo a prova do laço”. Montados por peões, os cavalos – durante a cheia - ajudam a levar bezerros, bois e vacas das regiões baixas para fazendas localizadas em áreas mais altas.

Conforme Tony, nos leilões, o animal mais caro foi a égua Herança da Promissão, que fez a abertura da novela Paraíso (Rede Globo). Foi negociada por R$ 170 mil. Entre os machos, o record é o Campeão da JK, ao custo de R$ 105 mil. São realizados 10 leilões por ano e o valor médio pago é de R$ 15 mil a R$ 20 mil. “Ano passado, o maior leilão maior foi Evolução da Raça, quando foi arrecadado R$ 1 milhão”. Hoje há 264 associados, sendo 200 ativos. Cerca de 65% dos criadores são de Mato Grosso. A associação garante o suporte para a realização das exposições e os leilões. “Ajudamos com técnicos”. 

Existem 14 garimpos de ouro de grande porte em Poconé, além de 200 filãozeiros que exercem essa profissão, sendo que a estimativa mensal de extração de ouro por mês gira em torno de 80 quilos.

NO PANTANAL - Pocone, Observar onça é novo hit do Pantanal




Patrícia Sanches Enviada Especial a Pocon
Fonte: RDENWS 

Muitos turistas que visitam Pantanal partem para aventura de observar onças

Turista que pisa os pés no Pantanal Mato-Grossense busca aventura e, justamente por isso, o novo “hit” do momento é a observação de onças, que é feita, em geral, durante a seca (abril a setembro). Conforme o diretor da Pousada Piuval Eduardo Mattos Eubank de Campos, o passeio proporciona sensação de adrenalina e hoje é uma das “sensações” dos visitantes.

O passeio é vendido por agências e, em geral, feito no Porto Jofre – final da Estrada Parque da Transpantaneira. ORDNews levantou que, em média, o passeio custa R$ 1,6 mil por pessoa, mas fica mais barato, em grupo. Para 2 pessoas, por exemplo, sai a R$ 800 e para 3 R$ 750.

Conforme Eduardo, os passeios de barco, cavalo, caminhada em trilhas, safáris noturno e na transpantaneira também são bastante procurados. Em relação ao número de visitantes, ele pondera que não se sabe ao certo quantos passam pela região anualmente, por isso, defende que seja feito uma espécie de censo. “Não sabemos quantas pessoas entram e quantas podem entrar”.

Rodinei Crescêncio

Ao menos 60 mil turistas visitam a região de Poconé para conhecer a rica fauna e flora do Pantanal e, depois, costumeiramente, vão para Chapada dos Guimarães 

Diretor da Pousada Piuval Eduardo Mattos Eubank 

Associação de Pousadas, Hoteis e Restaurantes, por sua vez, estima que sejam 60 mil turistas (sendo 30 mil se hospedam no Sesc Pantanal). Conforme Eduardo, cerca de 35% são brasileiros e 65% estrangeiros, em geral, da Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Suíça e Espanha. “Antigamente era 20% do Brasil e 80% do exterior”, pontua. Ele explica que os turistas querem ver os animais pantaneiros e fazer passeio de barco, sendo que estrangeiros sabem mais sobre a fauna e flora do pantanal do que os próprios brasileiros. “Eles vêm na seca porque é verão na Europa e Estados Unidos e também porque é possível ver mais animais”.

Tibério Polcan, que veio de São Paulo, estava hospedado na Pousada Piuval. Ele pontua que pesquisou tudo pela a internet e traçou o próprio destino. Revela que só passou pela cidade de Poconé, mas que foi bem recebido e que as pessoas foram bastante solícitas, lhe passando informações sobre como chegar à Transpantaneira. Tibério diz ainda que veio atrás de aventura no Pantanal e se mostra satisfeito com o que encontrou. "Vimos capivaras, jacarés, Tuiuiu e Sagui. Andamos de barco e é tudo muito lindo mesmo. Uma paisagem bem diferente de São Paulo", comenta. Ele conta ainda que, após conhecer o Pantanal, segue para Chapada dos Guimarães.

Conforme o diretor de Turismo de Poconé, Vanderlei Pimenta, hoje existem 20 pousadas ao longo da Transpantaneira e 9 barcos-hotéis. A média de preços nas pousadas é de R$ 350 por dia e dos barcos hotéis, na baixa temporada, R$ 400. 

Cultura

Em Poconé é possível conhecer também um pouco a cultura da cidade, com 233 anos. Entre as atrações está a Cavalhada. A festa acontece em junho junto com a de São Benedito e representa os exércitos Cristão e Mouro. Eles competem o dia inteiro, com cavaleiros e cavalos ricamente ornamentados sempre ao som de tambores. A encenação é iniciada com o exército Cristão atacando um castelo, que é incendiado em seguida, logo após o resgate de uma princesa que havia sido raptada pelo exército Mouro. Trata-se de uma referência a guerra de Tróia, a partir do momento em que Menelau recupera Helena, sua esposa e rainha de Esparta, que estava em poder de Páris, filho de Príamo, rei de Tróia. Ela foi adaptada pelos portugueses para os exercícios de guerras e criou raiz em Poconé a partir de 1769.

Rodinei Crescêncio
Bandeiras estendidas na Casa da Cultura fazem referência às festas de Santo

Outra opção é a dança dos mascarados, que mescla a contradança européia, danças indígenas e ritmos negros. Ela é dançada apenas por homens, justamente por isso são mascarados, para que não possam ser reconhecidos, afinal, alguns vestem roupas femininas. Antigamente a dança era comum apenas nos festejos religiosos, mas, agora, o grupo de 24 pessoas (10 damas, 10 galãs e 4 balizas), com a banda local, se apresentam em várias cidades brasileiras. “Vamos participar da abertura da Arena Pantanal, revela o coordenador do grupo João Benedito. Segundo ele, o projeto é mantido pela prefeitura e governo estadual, além de algumas apresentações em que cobram cachê. A dança vem sendo passada por várias gerações há 150 anos. “Tem que ter muita resistência, cada apresentação dura cerca de 2 horas e 30mintos".

Entre os pontos turísticos dentro da cidade estão às igrejas Nossa Senhora do Rosário – que originou o apelido de Cidade Rosa a Poconé; e Menino de Jesus. De janeiro a dezembro tem festa dos santos. As principais são a de São Benedito e do Divino Espírito Santo.

Na Transpantaneira, jacaré Zico quase atinge braço de fotógrafo

Fotos: Patrícia Sanches/Rdnews

MATERIA -  Patrícia Sanches 
Enviada Especial a Poconé

Logo na entrada da Transpantaneira a equipe do RDNews viveu um momento de tensão, perigo e adrenalina. O momento de descontração, com direito a posar para fotografia ao ao lado do jacaré Zico, que tem uma “casa” próxima ao posto de fiscalização da Sema, quase termina em tragédia. O repórter-fotográfico Rodinei Crescêncio, empolgado com a proximidade do animal e com conhecimento prévio de que o jacaré, em geral, ataca quando a aproximação é feita de lado e não pela frente, resolveu chegar mais perto do réptil. E, quando encostou uma das mãos na cabeça de Zico, houve o ataque. Por pouco, o jacaré não levou o braço direito de Rodinei. As imagens, em sequência, dão dimensão do perigo a que correu o repórter-fotográfico e que sirvam de alerta.





Repórter-fotográfico Rodinei Crescêncio se aproxima do jacaré Zico, na entrada da Transpantaneira, e quase teve o braço alcançado pelo animal na hora do ataque

FONTE: RDENWS

PANTANAL - Pantaneiro e desafio de guiar o gado para áreas seguras


Patrícia Sanches 
Enviada Especial a Poconé
FONTE - RDENWS 

Fotos: Rodinei Crescêncio

Com enchente, peões levam boiada da parte baixa à alta das fazendas e, no trajeto pelas estradas do pantanal, se preocupam com risco de jacarés atacar animais

União, preparo físico, calma e muita experiência são alguns dos ingredientes necessários para que o peão pantaneiro consiga cumprir a missão de levar o gado das áreas baixas do Pantanal – que nesta época do ano ficam imensas –, para as altas, protegendo o gado. 

A equipe do RDNews, enquanto percorria a Estrada Parque Porto Cercado, que é totalmente pavimentada e dá acesso ao Sesc Pantanal, “encontrou” uma dessas boiadas, que estava sendo levada da fazenda São Joaquim para a fazenda Sonora.

Montado no cavalo pantaneiro, conhecido por sua resistência às situações mais adversas, um dos 4 peões que conduziam o gado, Adélio Manoel, conversou rapidamente com a reportagem.

Ele revelou que, para percorrer 30 km entre as propriedades, já estava na estrada há 2 dias. A maior preocupação, segundo ele, é para que nenhum animal morra no trajeto e/ou se perca. 

“O maior perigo é o jacaré. Nessa viagem, graças a Deus, está tudo tranquilo”, relatou o peão, que conduz os animais pelo Pantanal há 20 anos. 

Cerca de 25 minutos depois do início da entrevista, Adélio teve que sair galopando pela rodovia porque uma parte do gado, em sua maioria bezerros e vacas, se assustou com os carros, que disputavam espaço com os animais, e começou a correr no sentido contrário. 

Rapidamente, os pantaneiros contiveram a maior parte do rebanho, mas um dos animais disparou no sentido contrário forçando um dos cavaleiros, com o laço em punho, a tentar alcançá-lo. Após muito esforço, o boi retornou para o grupo e os peões seguiram viagem.