Poucos países do mundo têm a condição extraordinária de Mato Grosso, que abriga em seu território três dos mais ricos ecossistemas do globo, que são o Pantanal, o Cerrado e a Amazônia, para melhor entender como se desenvolve atualmente o turismo no Estado de Mato Grosso é importante saber que o primeiro e maior atrativo demandado e responsável por este processo é o destino Pantanal.
A capital Cuiabá e o município de Várzea Grande onde está localizado o Aeroporto Marechal Rondon, são o Portão de entrada para o turismo mato-grossense, já para o Pantanal, são os municípios de Poconé, Cáceres e Barão de Melgaço.
Neste caso específico o objetivo dos turistas é a contemplação da fauna e flora pantaneira, a pesca esportiva e atualmente um produto que vem crescendo muito que é a observação de onças
Enfim com uma demanda muito grande por visitação em Mato Grosso no destino Pantanal, o município de Poconé, localizado à 100 km de Cuiabá, concentra cerca de 70% de todos os visitantes.
Agora o segundo município no destino é o de Cáceres, localizado à 220 km de Cuiabá. onde se acessa pelo Rio Paraguai, cerca de 29% dos turistas que visitam Mato Grosso demandam este município.
O segundo maior destino turístico de Mato Grosso é a Chapada dos Guimarães, localizado à 65 km de Cuiabá, tanto o Parque Nacional quanto os pontos de interesse no entorno do parque.
O atrativo maior é a contemplação da fauna e flora do Cerrado, bem como a visitação e banho em rios e cachoeiras. Neste caso específico cerca de 40% dos turistas que visitam Mato Grosso demandam o destino Chapada.
O município de Nobres, á 140 km da Cuiabá, se destaca como o terceiro destino com vários atrativos turístico. As atratividades estão pautadas na flutuação em rios que apresentam elevada piscosidade, com visualização da ictiofauna da bacia platina, além de mergulho com cilindro em lagoa.
Também é possível a visualização de avifauna, visitação de cavernas e banho em cachoeiras, sendo que cerca de 33% dos turistas que visitam Mato Grosso demandam a localidade de Bom Jardim em Nobres.
A rede hoteleira e alimentícia nos municípios do Território da Baixada Cuiabana , de modo geral, não contempla adequadamente o fluxo de visitantes, existindo problemas na infraestrutura básica geral e turística, na orientação, na agricultura familiar, na saúde, na educação, na segurança e na cultura.
Os problemas relacionados com a orientação, segurança e outros supra citados, seguem uma tendência e ocorrem também, quando do acesso dos turistas aos pontos turísticos e culturais.
Quanto aos aspectos dos atrativos naturais, arquitetônicos e sociais enfim de uso e ocupação do território, há uma enorme catalogação de informações que retratam especificidades locais e uma diferenciação na oferta de estrutura e organização para visitação entre os municípios do território da Baixada Cuiabana.
Portanto ainda precisam ser organizados alguns acessos e elaboradas algumas critérios de orientação para amenizar a pressão sobre a necessidade de orientação adequada.
O grande problema do Território nas iniciativas de Turismo Rural e Com Base Comunitária é a divulgação de suas potencialidades.
Analisando pelos aspectos positivos, consistem como principais pontos fortes o econômico e cultural: podendo considerar a diversidade de segmentos turísticos potenciais: os municípios que compõem o Território da Cidadania Baixada Cuiabana - MT está localizado na região Centro-Oeste e é composto por 14 municípios: Acorizal, Barão de Melgaço, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande.
Este território apontaram uma grande diversidade de recursos naturais e culturais identificados como potenciais atrativos, sendo estes principalmente relacionados ao recurso hídrico e as áreas de entorno, produção associada ao turismo, festas regionais, manifestações culturais, ambiente naturais preservados, espécies nativas, diversidade de paisagem, características geográficas peculiares, patrimônio histórico, arqueológico e paleontológico.
Ambiente natural conservado e diversificado: o território possui espaços com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público, com conservação e limites definidos, mantendo seus recursos naturais em seu estado original.
Tem uma presença muito forte das tradições e cultura de origem da região: comunidades tradicionais, pantaneiras, indígenas e quilombolas - ao observar-se a cultura e suas manifestações e expressões, é possível identificar a riqueza cultural do território e trabalhar roteiros integrados (agricultura familiar, produção associada , turismo e cultura, por exemplo).
O Patrimônio cultural tombado: o território possui bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a sua população.
Um fator muito favorável para do desenvolvimento de um roteiro de turismo no âmbito da ruralidade das comunidades tradicionais e da economia solidária agregando o território, parte do pressuposto das grandes condições de acesso e acessibilidade na região: O estado do Mato Grosso está localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, faz fronteira com os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins e com a Bolívia. É o terceiro maior estado do país em extensão territorial.
Analisando no âmbito das oportunidades, no ponto de vista do uso e ocupação do território, é importante salientar a existência de estoque considerável de atrativos ainda não explorados turisticamente; turistas mais exigentes requerendo serviços e equipamentos qualificado; perspectivas de otimização do turismo interno; fluxo turístico consolidado e reconhecimento nacional e internacional; e o desenvolvimento da gastronomia regional.
Pensando no ponto de vista dos desafios e resultados a serem alcançados, são vários, como por exemplo: a falta de controle de visitação nas iniciativas de atrativos existentes; a inexistência de único calendário de eventos do território, ou mesmo que agreguem os principais eventos de cada município envolvido; a ausência de roteiros que integrem atrativos que se complementam dentro do território; pouca organização por parte da iniciativa privada; indisponibilidade de leitos em épocas específicas de grandes eventos no território; elevar a média de permanência do turista através da diversificação da oferta; inclusão da agricultura familiar, produção associada, e da cultura local no produto turístico e por fim a prática e o fortalecimento da cultura da cooperação.
Analisando no âmbito das oportunidades, consiste como a principal oportunidade a ser conquistada, pensando pelo ponto de vista da diversidade dos segmentos turísticos e suas potencialidades: nos municípios que compõem o Território da Cidadania Baixada Cuiabana - MT
Várias são as oportunidades a serem conquistadas, como por exemplo: estoque de atrativos não explorados, sendo que ainda existe uma grande diversidade de recursos naturais e culturais que foram identificados como potenciais atrativos e ainda não são explorados.
Os turistas mais exigentes requerendo serviços e equipamentos qualificados e a estratégia de segmentação para comercialização de roteiros turísticos.
O que é possível ser trabalhado permitirá alcançar a tendência de mercado devido à mudança de comportamento do consumidor de turismo.
O novo turista quer experimentar, quer novidade, viver a experiência.
A Perspectivas no turismo interno é de que 42% dos turistas são provenientes do próprio Estado de Mato Grosso e com a integração dos roteiros busca-se a otimização deste turismo ampliando para o turismo nacional e internacional em alguns casos específicos.
Em todo o Estado de Mato Grosso existem cerda de 109 comunidades quilombolas presentes em 12 (doze) municípios.
Porém nos municípios localizados no Território da Cidadania Baixada Cuiabana, são em número de 07 (sete) municípios os apresentam povos quilombolas, perfazendo 57 comunidades presentes e todas com grande apelo para o Etnoturismo Quilombola.
Propostas de algumas atividades/ações neste foco.
• Realizar Visitas Técnicas para diagnosticar todas as Comunidades Quilombolas no território, visando Conhecer “in loco” a realidade, sócio, econômica, ambiental e cultural das Comunidades Quilombolas;
• Elaborar um documento denominado Estudo da Realidade Local - ERL, com o levantamento da situação sócio, econômica, ambiental e cultural das Comunidades Quilombolas;
• Elaborar um documento denominado Plano de Negócios com base no diagnóstico do Estudo da Realidade Local – ERL;
• Elaborar um Documentário com a seguinte peça: (Impresso com textos e fotos sobre as comunidades visitadas);
• Elaborar um Documentário com a seguinte peça: (Vídeo com imagens de depoimentos sobre as comunidades visitadas);
• Desenvolver a Cadeia Produtiva do Cumbarú – Viveiro de mudas, Plantio, Reflorestamento, Colheita, beneficiamento e comercialização;
• Desenvolver a Cadeia Produtiva do Pequi - Viveiro de mudas, Plantio, Reflorestamento, Colheita, Beneficiamento e Comercialização;
• Desenvolver a Cadeia Produtiva do Jatobá - Viveiro de mudas, Plantio, Reflorestamento, Colheita, Beneficiamento e Comercialização;
• Instalação de Viveiro para produção de mudas de Cumbarú, Pequi, Jatobá, Outras Essências Florestais e Frutíferas;
• Realizar Cursos de Capacitação em Turismo Rural de Planejamento, Trilhas, Atendimento e comercialização;
• Formatação de Roteiro de Turismo Rural;
• Dotar as Comunidades com capacitação mínimas de atendimento aos visitantes (turista);
TEXTO
Elaborado por:
Geraldo Donizeti Lúcio